quarta-feira, 30 de março de 2011

Água: Cabo Verde atingiu objectivo do Milénio, mas ainda há vários constrangimentos a resolver

Cabo Verde já atingiu o objectivo sétimo do Milénio, referente à redução para metade da população sem acesso à água potável de forma sustentável, mas ainda há vários constrangimentos que têm a ver com qualidade, quantidade e preço.



Esta consideração foi feita à agência Inforpress pela presidente interina do Instituto Nacional de Gestão dos Recursos Hídricos (INGRH), Lurdes Lima, admitindo que, a nível nacional, cumpriu-se esse objectivo, mas a nível de concelhos e localidades está-se ainda a tentar chegar com programas regionais e municipais de abastecimento de água.

“Foi atingido em termos de acesso a infra-estruturas físicas de abastecimento de água, pessoas ligadas à rede domiciliária ou chafarizes, mas ainda há vários constrangimentos que têm a ver com a questão da quantidade e qualidade, preço da água”, precisou aquela responsável, por ocasião do Dia Mundial da Água, que se assinala hoje.

A perda de água nas redes é outro dos grandes constrangimentos que o Governo pretende solucionar, este ano, através dos fundos do segundo compacto do Millénnium Challenge Account (MCA), cuja proposta governamental vai no sentido de propor medidas para reduzir as perdas de água nas redes, sobretudo nas cidades da Praia (25 por cento), Mindelo e na ilha do Sal.

A essa problemática junta-se ainda o surgimento de novos bairros espontâneos nos centros urbano, que deverá ser solucionado com a expansão das redes para as novas zonas, aumentando a ligação domiciliar, sobretudo na Praia, Boa Vista e Sal.

Quanto ao Plano de Acção Nacional para a Gestão dos Recursos Hídricos (PAGIRE), aprovado pelo Governo em 2010, aguarda-se ainda o financiamento para a sua implementação, mas alguns dos programas nele previstos, conforme Lurdes Lima, já arrancaram.

É o caso do programa de hidrologia, que está a ser financiado pela Espanha, em quatro sítios pilotos, nomeadamente, em bacias hidrográficas das ilhas de Santiago, São Nicolau, Maio e Santo Antão, onde vão instalar estações para medições de cheias, e onde está prevista a construção das próximas barragens do país.

Ainda segundo a presidente interina do INGRH, há também um outro projecto sobre mudanças climáticas que está em fase de arranque, e para um período de três anos, financiado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e Fundo Global para o Ambiente (GEF) em 3,2 milhões de dólares, sobre impacto nos recursos hídricos, de três anos.

Além da vertente de formação, o projecto engloba duas zonas pilotos, em Santa Cruz e Santo Antão, onde se vai fazer infra-estruturas, trabalhos de conservação de solo ou rega gota-a-gota e ver o impacto das mudanças climáticas.

Fonte: http://noticias.sapo.cv/inforpress/artigo/26489.html

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