7º Objectivo do Milénio – Garantir a Sustentabilidade Ambiental

Hoje as questões ambientais já não são uma preocupação exclusiva de grupos minoritários, como no início da década de 70, quando nasceu o movimento ecologista.

Os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) reconhecem que os destinos das pessoas e do ambiente estão interligados. Os países mais pobres do mundo estão muito dependentes da agricultura e são muito vulneráveis à degradação ambiental. Ameaças ambientais como o consumo de água contaminada colocam sérios desafios à saúde pública.

A comunidade científica alerta para o facto de estarmos num momento crítico, em que os efeitos da acção humana sobre o ambiente estão já a afectar as nossas vidas no presente e com tendência para se agravar no futuro.

Situação Actual...

·         O Protocolo de Quioto (1997) foi o primeiro grande acordo internacional a fazer frente ao grave problema das mudanças climáticas.

§  Actualmente, 129 países já o ratificaram, comprometendo-se a reduzir a emissão de gases que provocam o aquecimento da atmosfera;

·         Desde os anos 90 (a partir da Conferência do Rio de Janeiro, de 1992) que se tem tentado impulsionar programas de sustentabilidade ambiental em todo o mundo.

Contudo...

·         As emissões de dióxido de carbono (CO2 – gás com efeito de estufa) atingiram 28 mil milhões de toneladas em 2005 e continuam a crescer, resultando num aumento de concentração atmosférica de CO2;

·         A nível global, as emissões de CO2 aumentaram cerca de 30% entre 1990 e 2005, com um crescimento anual, entre 2000 e 2005, maior que na década precedente;

·          As emissões per capita são mais elevadas nas regiões desenvolvidas: cerca de 12 toneladas de CO2 por pessoa num ano, comparando com cerca de 3 toneladas nas zonas em desenvolvimento e 0.8 toneladas na África Subsariana;

·         Cerca de 21 milhões de km2 de terra e mar foram postos sob protecção em 2007, como resposta à perda da diversidade global;

·         Existem cerca de 30 milhões de refugiados ambientais e segundo estimativas oficiais poderão atingir os 100 milhões até 2020. A escassez de recursos naturais agravada pelas alterações climáticas, está a tornar-se na principal causa para deslocação forçada de pessoas a nível mundial;

·         Entre 1990 e 2005 perdeu-se 3% da massa florestal, principalmente para extracção de madeira e para extensão do cultivo de cereais para criação animal e agrocombustíveis. A América do Sul perde 4 milhões de hectares de floresta e a África perde 3,4 milhões a cada ano.

·         1,2 mil milhões de pessoas têm falta de água potável; e 2,4 mil milhões não têm acesso a instalações sanitárias;

·         2 milhões de crianças morrem todos os anos devido a infecções disseminadas por água inquinada ou falta de instalações sanitárias;

·         Muitos países, entre os quais Portugal, não estão a cumprir os seus compromissos de redução de emissão de gases;

·         Os Estados Unidos e a Austrália, grandes contaminadores, continuam a opor-se ao Protocolo de Quioto;

·         Calcula-se que, nos últimos 20 anos, um terço da biodiversidade desapareceu;

·         Em regiões como a África Subsariana, prevê-se uma diminuição crescente da precipitação devido às alterações climáticas, que terá como efeitos, a diminuição de colheitas, o declínio da quantidade de alimentos…

É necessário adoptar, com urgência, políticas de desenvolvimento sustentável e melhorar o planeamento urbanístico, não só para atingir os ODM, mas também para prevenir conflitos em torno dos recursos naturais e, ainda, para prevenir uma degradação ambiental irreversível.

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